Cor Púrpura

Um retrato subtil daquilo que alguns vêm, alguns fingem que não vêm e outros insistem em não querer ver ...

segunda-feira, julho 30, 2007

No Máximo Era ...

Era sentir uma descarga eléctrica, fruto do excesso de corrente acumulada. Era ficar inerte na explosão, era ser faísca em dia de chuva.
Era transformar aquele olho num Maxell (unidade de fluxo magnético no sistema electromagnético) e vê-lo a consumir-se envolto sobre si mesmo.
No máximo era ser leito de um rio sem foz …. Flor num jardim sem Inverno …. Era sorrir sem expressão, como quem sente mas não vê a alma feliz.
Era, sem sombra de dúvida, deixar de ser o mais pequeno, e era transformar aquele sol em pequenas pedras preciosas cintilantes, numa chuva sentida, contida e ali, mas que não molhava…. Só fazia sentir o toque gelado das suas gotas.
No máximo era ser um momento com assas, sem braços nem pernas, com alma …. Sem risos nem choros. Com a serenidade de quem não quer mais do que o ser … Apenas!